Crise na Saúde
As cirurgias eletivas no Tocantins estão suspensas desde 25 de novembro devido à dívida com a empresa responsável pelo serviço de anestesiologia. A situação tem agravado a espera de pacientes na fila, já que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) enfrenta dificuldades financeiras para manter os contratos com prestadores de serviços terceirizados.
Pacientes Afetados
Marta Santos Silva é uma das pacientes afetadas. Após passar por uma cirurgia para remoção de câncer de pele no nariz, aguarda há quatro meses por uma cirurgia plástica para remoção de excesso de pele. A falta de previsão para a realização do procedimento a obriga a recorrer a curativos, aumentando o risco de infecções.
Impacto na Saúde
Milton Lima Aguiar, que espera há dois anos por uma cirurgia para retirada de hérnia no estômago, sofre com complicações no sistema digestivo devido ao uso prolongado de medicamentos para aliviar a dor. A demora no atendimento tem comprometido sua qualidade de vida.
Desafios do Sistema
Clariton Oliveira Canedo enfrenta a dor constante enquanto aguarda por uma cirurgia para colocação de prótese no quadril. A profissão de mecânico exige esforço físico que ele não pode mais realizar, resultando em dificuldades financeiras e emocionais.
Esforços da SES
A Secretaria Estadual de Saúde informou que está ciente dos casos e que trabalha para agilizar os atendimentos. A SES afirma que cerca de 16 mil pessoas já foram retiradas da fila da Central Estadual de Regulação em 2024, mas reconhece que ainda há um longo caminho a percorrer.
Medidas em Curso
A Defensoria Pública notificou a SES para que realize os pagamentos pendentes e retome urgentemente as cirurgias eletivas. A situação atual evidencia a necessidade de uma gestão mais eficaz dos recursos e contratos na área da saúde do estado.
Repercussões e Soluções
Especialistas em saúde pública destacam a importância de uma reforma no sistema de saúde do Tocantins para evitar situações semelhantes no futuro. A integração dos serviços prestados por hospitais privados ao SUS, com pagamentos regulares, é essencial para garantir o atendimento adequado à população.
Conclusão
A crise das cirurgias eletivas no Tocantins expõe fragilidades no sistema de saúde que precisam ser abordadas com urgência. A SES deve continuar a buscar soluções para garantir o direito à saúde dos cidadãos, enquanto a Defensoria Pública e outros órgãos de controle mantêm a vigilância sobre o cumprimento das obrigações do estado.
Para mais informações sobre a situação das cirurgias eletivas no Tocantins, acompanhe as atualizações no portal g1 Tocantins.