Despedida de Ney
O renomado ator e diretor Ney Latorraca faleceu aos 80 anos nesta quinta-feira (26), no Rio de Janeiro, em decorrência de sepse pulmonar. Ele estava internado na Clínica São Vicente, desde o agravamento de um câncer de próstata diagnosticado em 2019. A despedida ocorrerá no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com o velório aberto ao público nesta sexta-feira (27), das 10h30 às 13h30. A cremação será reservada à família e amigos próximos.
Carreira Marcante
Ney Latorraca deixou um legado significativo na televisão brasileira, com uma carreira que se estendeu por décadas desde sua estreia na Rede Globo em 1975, na novela “Escalada”. Destacou-se em papéis icônicos como o vampiro Vlad em “Vamp” (1991) e Barbosa em “TV Pirata” (1988). Com atuações versáteis, Latorraca se tornou um dos artistas mais queridos do país.
Infância e Formação
Nascido em Santos, São Paulo, em 25 de julho de 1944, Ney veio de uma família de artistas, com o pai crooner de boates e a mãe corista. Desde cedo, demonstrou interesse pelas artes cênicas, participando de grupos teatrais e musicais durante sua formação escolar. Sua primeira experiência como ator ocorreu em 1964, na peça “Pluft, o fantasminha”.
Início na Televisão
Após estudar na Escola de Arte Dramática e atuar em peças locais, Ney estreou na televisão em 1969 com “Super Plá” na TV Tupi. Sua carreira na TV Cultura e na TV Record antecedeu sua entrada definitiva na Rede Globo, onde se consolidou como um dos grandes nomes da teledramaturgia brasileira.
Personagens Memoráveis
A versatilidade de Ney Latorraca foi evidenciada em diversos papéis, incluindo o italiano Ernesto Gattai na minissérie “Anarquistas, graças a Deus” (1984) e o travesti Anabela em “Um sonho a mais” (1985). Ele também ganhou notoriedade por seu papel em “Estúpido cupido” (1976-1977), onde interpretou Mederiquis, um apaixonado por Elvis Presley.
Contribuições ao Teatro
A contribuição de Ney ao teatro é igualmente notável, com 23 filmes e 13 peças em seu currículo. Ele foi pioneiro em espetáculos de grande popularidade, como “O Mistério da Irma Vap”, que ficou em cartaz por 11 anos ao lado de Marco Nanini, sob a direção de Marília Pêra.
Legado e Impacto
O impacto de Ney Latorraca na cultura brasileira é imensurável. Sua habilidade de transitar entre o drama e a comédia, juntamente com sua capacidade de encarnar personagens complexos, o tornaram uma figura insubstituível no cenário artístico nacional. Seu legado continuará a inspirar novas gerações de atores e atrizes.
Últimos Anos
Nos últimos anos, Ney Latorraca manteve-se ativo na televisão, com sua última participação na Rede Globo em 2011, no seriado “A Grande Família”. Sua luta contra o câncer foi acompanhada por muitos fãs que sempre torceram por sua recuperação. Ele deixa o marido, o ator Edi Botelho, com quem compartilhou 30 anos de vida conjugal.
Repercussão da Morte
A notícia de sua morte gerou uma onda de comoção e homenagens por parte de colegas de profissão e admiradores. Muitos destacaram sua genialidade, carisma e dedicação à arte. Ney Latorraca será lembrado como um dos gigantes da atuação no Brasil, cuja influência transcende as telas e palcos.
Homenagens e Recordações
A trajetória de Ney Latorraca será eternizada através de suas inúmeras contribuições à televisão, teatro e cinema. O público poderá revisitar seus trabalhos marcantes e celebrar a vida de um artista que transformou a forma como se faz arte no país. Sua ausência será sentida, mas seu legado perdurará.
Conclusão
A perda de Ney Latorraca representa um capítulo significativo na história das artes no Brasil. Sua capacidade de tocar o coração do público com performances autênticas e versáteis deixa um vazio difícil de preencher. No entanto, seu espírito viverá eternamente nas memórias de todos que tiveram o privilégio de testemunhar seu talento incomparável.