Retrospectiva 2024 Um Ano de Desafios e Conquistas

Retrospectiva 2024: Um Ano de Desafios e Conquistas

Eventos Climáticos Extremos

O ano de 2024 foi marcado por eventos climáticos extremos que evidenciaram as consequências do aquecimento global. No Brasil, o Rio Grande do Sul enfrentou a maior enchente de sua história nos meses de maio e junho, resultando em centenas de mortos e milhares de desabrigados. No entanto, a tragédia também despertou uma notável rede de solidariedade, com comunidades se unindo para ajudar os afetados.

No outro extremo do país, incêndios criminosos devastaram áreas em São Paulo, no Pantanal e na Amazônia por volta de setembro. As autoridades conseguiram prender vários suspeitos envolvidos nesses atos.

O mês de outubro trouxe um apagão significativo e chuvas intensas em São Paulo, em contraste com o calor recorde registrado no Rio de Janeiro. Na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29), o Brasil se comprometeu com metas climáticas mais ambiciosas e antecipou prazos para reduzir a poluição.

No cenário internacional, enchentes recordes na Espanha e furacões nos Estados Unidos também destacaram a gravidade das mudanças climáticas globais.

Olimpíadas em Paris

Os Jogos Olímpicos de Paris em 2024 proporcionaram momentos inesquecíveis para o esporte brasileiro. Rebeca Andrade brilhou ao conquistar a medalha de ouro, desafiando a concorrência de Simone Biles, que não poupou elogios ao talento da brasileira. As mulheres brasileiras garantiram o maior número de medalhas para o país, consolidando sua posição no cenário esportivo internacional.

Nos Jogos Paralímpicos, o Brasil destacou-se como uma potência global, conquistando 89 medalhas e assegurando um lugar entre os cinco melhores países do mundo.

Eleições nos EUA

A disputa presidencial nos Estados Unidos foi acompanhada de perto pelo mundo. Apesar de enfrentar condenações na Justiça, Donald Trump manteve-se na corrida presidencial. O então presidente Joe Biden, de 81 anos, enfrentou questionamentos quanto à sua idade e lapsos de memória frequentes, mas surpreendeu ao desistir da candidatura, apoiando Kamala Harris, que recebeu importantes apoios até a convenção de agosto.

Em julho, Trump sobreviveu a um atentado a tiros durante um comício, resultando na morte do atirador e de uma pessoa na plateia. Trump saiu vitorioso das eleições, ganhando em 31 dos 50 estados americanos e conquistando maioria no Senado e na Câmara. Diferentemente das eleições de 2020, Biden reconheceu a vitória de Trump e o recebeu na Casa Branca.

Saúde e Ciência

O ano de 2024 foi notável por avanços significativos na saúde e na ciência. Os pesquisadores divulgaram o mapa mais completo da Via Láctea e fizeram progressos no combate ao câncer, com a realização de testes de uma vacina personalizada para o melanoma.

No Brasil, houve um aumento alarmante nos casos de dengue, resultando em escassez de repelentes nas farmácias. A introdução da vacina Qdenga, proveniente do Japão, ajudou no combate à doença. No entanto, o sistema de saúde enfrentou desafios, como falhas em transplantes devido a órgãos infectados por HIV.

Política Brasileira

O cenário político brasileiro em 2024 foi marcado por eventos dramáticos. Em São Paulo, um debate eleitoral se tornou violento quando José Luiz Datena, do PSDB, agrediu fisicamente seu adversário do PRTB, Pablo Marçal.

As eleições municipais reforçaram o poder da centro-direita, com prefeitos reeleitos em 16 capitais, incluindo a reeleição de Ricardo Nunes em São Paulo. Contudo, o destaque político do ano foi a revelação de um plano golpista no final do governo de Jair Bolsonaro. A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, investigou a tentativa de golpe, resultando no indiciamento de Bolsonaro e outras 39 pessoas por organização criminosa e tentativa de golpe de estado.

Economia em Recuperação

Em 2024, a economia brasileira enfrentou incertezas, mas também mostrou sinais de recuperação. O dólar atingiu níveis recordes devido às dúvidas sobre o ajuste fiscal, mas a taxa de desemprego caiu para o menor nível da história, e o crescimento do Produto Interno Bruto surpreendeu positivamente, levando a uma arrecadação de impostos também recorde.

O governo avançou com propostas como o “imposto do pecado”, que inclui uma maior taxação sobre cigarros, bebidas alcoólicas e bebidas açucaradas. No entanto, a inflação e a alta do dólar interromperam a trajetória de queda dos juros, com a taxa Selic encerrando o ano em 12,25%.

O ano terminou com uma conquista significativa: a conclusão do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, abrangendo um quarto do PIB global, marcando um avanço histórico para as relações econômicas internacionais.

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