Contexto do Caso
Karine Gouveia e seu esposo, Paulo César, estão sob investigação por alegadamente causarem deformações em pelo menos 60 pacientes. A Polícia Civil divulgou um áudio no qual Karine afirma ser formada em biomedicina, mas o Conselho Regional de Biomedicina confirmou que ela nunca teve registro na área. As investigações revelam que a clínica oferecia procedimentos estéticos a preços muito abaixo do mercado, atraindo muitos clientes, o que levantou suspeitas sobre a qualidade e legalidade dos serviços prestados.
Prisão dos Suspeitos
Os suspeitos foram presos em 18 de dezembro, permanecendo na Casa do Albergado em Goiânia. A defesa de Karine e Paulo César argumenta que os pacientes sempre foram tratados com respeito e que a situação será esclarecida. No entanto, o delegado Daniel Oliveira os investiga por organização criminosa, lesão corporal gravíssima e estelionato. A clínica é acusada de operar sem as devidas qualificações e em condições inadequadas.
Condições da Clínica
Segundo a Vigilância Sanitária, a unidade em Goiânia apresentava 18 irregularidades, enquanto a unidade em Anápolis operava sem alvará sanitário. A polícia afirma que os procedimentos eram realizados sem as habilitações necessárias e em condições de higiene precárias, incluindo o uso de bisturis cegos e falta de esterilização.
Depoimentos e Evidências
Um dentista, que estava entre os responsáveis técnicos da clínica, admitiu que os preços baixos geravam alta demanda, com cirurgias agendadas em intervalos muito curtos. Ele também revelou que não possuía a formação necessária para os procedimentos realizados e que Karine e Paulo estavam cientes disso. O dentista mencionou que a clínica tinha uma política de comissionamento que incentivava a venda de múltiplos procedimentos.
Atendimento a Famosos
A clínica também atendeu famosos, que faziam procedimentos menos invasivos, com produtos de boa qualidade, segundo a polícia. Estes famosos não estão sob investigação, mas os relatos destacam um tratamento diferenciado em comparação aos pacientes comuns, que se submetiam a procedimentos mais invasivos.
Defesa dos Acusados
A defesa de Karine e Paulo César afirma que todos os pacientes foram tratados com respeito e que os fatos serão esclarecidos. Eles alegam que a prisão temporária é desproporcional e que a ampla divulgação do caso fere os direitos humanos, pedindo uma análise individual de cada caso. A defesa do dentista também manifesta confiança no esclarecimento completo dos fatos, reiterando o compromisso com os padrões éticos.
Próximos Passos
A Polícia Civil continua investigando o caso, que gerou grande repercussão na mídia e entre a população de Goiânia. A expectativa é que novas informações venham à tona à medida que a investigação avance, e as autoridades enfatizam a importância de um julgamento justo para todas as partes envolvidas.