Crime em Campinorte
Em um chocante caso de assassinato, a Polícia Civil de Goiás revelou que a filha e o genro do fazendeiro Nelson Alves de Andrade são suspeitos de ter encomendado seu assassinato. O crime aconteceu em Campinorte, no norte de Goiás, no dia 1º de abril de 2024. Segundo as investigações, os assassinos contratados para executar o crime estavam de bicicleta quando abordaram e mataram o fazendeiro a tiros enquanto ele pilotava uma moto em uma estrada de terra.
Motivação do Crime
A motivação por trás do crime seria uma herança avaliada em R$ 3 milhões, composta por 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis em Campinorte e dinheiro em conta bancária. A filha do fazendeiro, considerada a única herdeira, teria começado a movimentar o dinheiro apenas três meses após a morte do pai e a vender bens, como gado e imóveis, além de trocar de carro. O genro também realizou compras significativas, como um smartphone de alto valor, aumentando as suspeitas de que o crime foi motivado por ganância.
Denúncia e Investigações
O caso veio à tona quando o executor do crime denunciou o casal à polícia após não receber o pagamento de R$ 20 mil combinado pelo serviço. O executor chegou a oferecer parcelar a dívida em três vezes, mas não obteve sucesso. Descontente, ele ameaçou envolver a polícia: “Ou me paga ou vai todo mundo para a cadeia”, teria dito o executor.
O denunciante fez uso de um número falso para relatar ‘anonimamente’ o caso à polícia, apresentando fotos, vídeos e prints das negociações como evidência. A polícia, portanto, prendeu a filha e o genro no dia 20 de dezembro. Outros dois homens que teriam participado do crime ainda não foram localizados.
Reação dos Envolvidos
Após a prisão, a filha do fazendeiro alegou que seu marido foi o único mandante do crime, atribuindo seu silêncio ao medo. Entretanto, as autoridades acreditam que ela também esteve envolvida e, por isso, sua prisão foi solicitada. O genro, por sua vez, manteve-se em silêncio durante o depoimento, como informou o delegado Peterson Amin.
Defesa e Processo
A Defensoria Pública informou que representou o casal apenas durante a audiência de custódia. Atualmente, a defesa dos dois, bem como dos outros investigados, não foi identificada. O delegado responsável pelo caso destacou que não havia um motivo aparente para a urgência em obter a herança, o que gerou estranheza e fortaleceu as suspeitas de que o crime foi motivado exclusivamente pelo valor da herança.
Consequências do Caso
O caso repercutiu fortemente na região, suscitando debates sobre os limites da ambição humana. Além disso, a investigação está em andamento para localizar os demais envolvidos e trazer justiça ao crime brutal que ceifou a vida do fazendeiro Nelson Alves de Andrade.
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