Arquivamento do Caso
A Procuradoria-Geral do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) manifestou-se, nesta sexta-feira (13), sobre o pedido de arquivamento de parte da Operação Integration, que investiga o envolvimento do cantor e empresário Gusttavo Lima e dos sócios da “Vai de Bet” em um esquema de lavagem de dinheiro. A subprocuradora-geral Norma Mendonça de Galvão Carvalho, que assinou a decisão, seguiu o entendimento anterior do MPPE e reiterou o pedido de arquivamento dessa parte do caso.
Foco na “Esportes da Sorte”
A empresa “Esportes da Sorte”, de propriedade de Darwin Henrique Filho, continua sendo o foco principal da operação por suspeitas de lavagem de dinheiro proveniente de jogos ilegais. A subprocuradora-geral ressaltou que não há, até o momento, correlação entre os valores movimentados pela “Esportes da Sorte” e pela empresa “Vai de Bet”, além da venda de uma aeronave por Gusttavo Lima, que foi posteriormente revendida à “Vai de Bet”.
Investigação em Andamento
O Ministério Público ainda aguarda a análise da quebra dos sigilos bancário e fiscal da empresa Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos, apontada como intermediária de pagamentos das empresas investigadas. A subprocuradora destacou a necessidade de continuidade das investigações em relação a Darwin Henrique da Silva Filho, suas empresas e a Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos, devido a fortes indícios de práticas empresariais ilícitas.
Envio de Documentos
Apesar de não haver evidências de envolvimento direto entre “Vai de Bet” e “Esportes da Sorte”, a subprocuradora recomendou o envio da documentação da Operação Integration para o Ministério Público do Estado da Paraíba. A defesa da “Vai de Bet” afirmou que a nova decisão é o último passo para o arquivamento definitivo do processo.
Cronologia da Operação
A Operação Integration foi deflagrada em 4 de setembro, com a execução de mandados de prisão, incluindo os da influenciadora digital Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, além de buscas e apreensões em Pernambuco e nos estados da Paraíba, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás. No mesmo dia, um avião que pertenceu a Gusttavo Lima foi apreendido em Jundiaí, São Paulo.
Desenvolvimentos Recentes
Em 15 de setembro, Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em 23 de setembro, a juíza Andréa Calado da Cruz decretou a prisão preventiva dele e do empresário Bóris Maciel Padilha. No entanto, a ordem de prisão foi revogada no dia seguinte pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, que considerou as justificativas insuficientes.
Decisões Finais
Em 18 de novembro, o MP solicitou o arquivamento da investigação sobre o avião de Gusttavo Lima e recomendou que denúncias sobre lavagem de dinheiro fossem enviadas para a Paraíba. No dia seguinte, o TJPE deu um prazo de cinco dias para que o MPPE decidisse entre oferecer denúncia, arquivar o caso ou solicitar novas diligências.
Conclusão do Caso
Em 25 de novembro, o MP pediu o arquivamento da parte da investigação que apura a venda do avião de Gusttavo Lima e os empresários da Paraíba, encerrando mais um capítulo da complexa Operação Integration.